ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
TEXTO:
MARISLETH OLIVEIRA DUARTE
Por todos os estudos feitos pelos especialistas
do mundo todo, posso dizer que a arte na vida de uma criança até o finito é
cultura e cultura é cidadania, cidadania é liberdade consciente...
Como exemplo da importância da arte na
vida do ser humano, vou contar dois episódios da história de uma menina que
nasceu no ano de 1969, em um arraial no interior do sul da Bahia, que aos
quatro anos foi morar por um período de três anos em São Paulo.
1º
episódio
Era um dia de domingo à tarde, quando meu primo
(já homem e independente), me levou pela primeira vez ao cinema. Lembro-me do
meu olhar maravilhado com as estruturas da sala do cinema; as poltronas, a tela
e aquelas pessoas entrando e sentando para aguardar o início do filme. Meu primo comprou vários tipos de doce, entre
eles muitos chocolates. O filme começou e lá estava eu com os olhos
esbugalhados de emoção. E para a minha surpresa! O filme estava legendado, pois
a produção era americana. Mas mesmo assim, permaneci me empanturrando de doces
e prestando atenção na tela. Cheguei em
casa passando mal e com dor de cabeça pelo abuso de tantos doces e pela
sonorização do filme. Mas garanto a todos que jamais me esqueci da essência e
mensagem daquele filme (que, ao meu ver, é: respeite, ame, cuide, busque seus
sonhos....) Depois de já adolescente (na época do filme eu tinha de cinco para
seis anos) fui constatar que o filme ao qual assistir era simplesmente “O Pequeno Príncipe” lançado em 13 de
janeiro de 1975 com direção de Stanley Donen.
2º
episódio
No ano de 1976 deu início a minha inclusão
no mundo escolar, que teve uma parada no meio do ano devido ao meu retorno a
minha terra natal que era em uma zona rural com difícil acesso e sem escola
perto. Mas, vamos voltar ao que nos interessa, pois esta é uma outra história!
Na minha primeira escola (pública),
uma das lembranças, que é muito gritante
foi sobre um evento que teve, envolvendo toda a escola, com muitas
brincadeiras, cachorro quente e teatro com a peça: “Puf o Fantasminha” de Maria Clara Machado. Nos meus fleches de
memória me vejo sentada no pátio junto com as demais crianças com os olhos
fixos no palco. Fui transportada para outro mundo. E os únicos barulhos que ouvíamos eram as exclamações e risadas. E para fechar;
o sabor do cachorro quente (que foi o
meu primeiro) fixou nos meus sentidos
como único e inigualável.
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